Entrando na bad com o Sam Smith (The Thrill Of It All – Análise e Crítica)

E o nosso garoto Sam finalmente botou seu álbum no sol, onde podemos aproveitar deste trabalho até o último minuto musical que restar. O disco “The Thrill Of It All” foi lançado ontém, dia 03 de novembro, e já está conquistando o coração de todos, desde os mais jovens até os mais veteranos.samO disco de Sam tem uma pegada meio R&B dos anos 80, funcionando quase como um CD de flashback daqueles que toda mãe tem. No geral os arranjos são sempre os mesmos, temos canções mais e menos tristes, mas sempre com um clima de romance por trás. Para descrever o álbum, é só você imaginar uma mistura de Whitney Houston e Mariah Carey, só que mais atual o possível e com um pouco de Pop incluído.

Parece que o cantor só entrou mais de cabeça no Blues e perdeu bastante daquele ritmo Pop mais agitado que ele trouxe em seu primeiro disco. Um ponto interessante a se observar é que Sam trás algumas referências da música gospel, como os corais que ele insere no meio das canções, talvez para criar um clima meio religioso ou para deixar as músicas mais fortes e sentimentais.Resultado de imagem para sam smith the thrill of it allSendo um álbum de R&B, ele trás exatamente o que se espera no quesito “composição”, tendo os relacionamentos do cantor como tema principal. Sam fala sobre estar amando uma pessoa nova, sobre não saber lidar com essas relações de hoje em dia ou se está fazendo a coisa certa, e fala também, principalmente, sobre fins de relacionamento, mas também aborda temas mais pesados, como a política e a refutação da igreja.

O interessante é que as músicas possuem algum tipo de conexão entre elas, construindo uma história que tem início, meio e fim, essa que se segue com o passar das músicas.

É realmente um disco de blues, onde os principais assuntos são o amor, relacionamentos e talvez, muito talvez, a morte. Não podemos esperar nada muito além disso, pois geralmente são trabalhos confessionais que tem como objetivo alcançar o público pelas histórias e relatos presentes nele, esperando que alguém se identifique, igual a Adele.Resultado de imagem para sam smith the thrill of it allAs músicas que escolhi para resumir o disco são:

Say It First, que pra mim é a melhor faixa do álbum. A letra é sobre encontrar alguém que o faça sentir “preenchido” novamente, pois o cantor descreve que está acostumado com o vazio em seu coração e está vivendo algo novo e precisa ter certeza de que vai fluir.

Palace, que já se encontra no auge da fossa. Essa música é sobre quando você confia de mais em alguém e meio que cria “raízes” nela, porém, quando ela se vai tudo desmorona, pois a relação era um mero castelo de cartas, a única coisa que sobra é o fantasma daquele que já esteve presente.

Pray, que basicamente descreve o sentimento daqueles que estão com medo do mundo, sem caminhos a seguir, pois todos os lados estão em chamas. O que resta é orar, mesmo não sabendo se funcionará ou não.Resultado de imagem para sam smith the thrill of it allConsiderações finais: É exatamente o que eu pensei que seria, um álbum de R&B que trás os mesmos assuntos de sempre, mas em composições diferentes. Nunca sei se isso é bom ou ruim, mas a verdade é que estamos muito presos à essa procura incessável por amor, que é algo que precisa acontecer naturalmente. As canções presentes aqui só relatam isso como sendo algo bom no inicio, mas desgastante no meio e doloroso no final. Tem uma música ou outra que tem algum conteúdo diferente, mas é tudo nessa mesmice. A produção do disco é incrível, eu gostei dessa ideia meio Blues dos anos 80, mas além do álbum todo ser composto apenas por músicas fossa, não há letras que abordem nada de importante ou interessante, é só mais uma coletânea pra ouvir quando você estiver bêbado ou muito triste.

Nota; 3/5.

Ouça:

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