O Terno – Nada/Tudo: Não temer a despedida (Análise)

“O Terno” mostra que a psicodelia ainda está em alta e que ela pode ser mutável, confira “Nada/Tudo”.

O Terno - Nada/Tudo - single

Ninguém disse que seria fácil fazer Rock psicodélico, e mesmo assim “O Terno” correu atrás de criar sua própria identidade musical – coisa difícil atualmente, já que tudo soa tão plastificado.

Em 02 de Abril, uma terça-feira, a banda lançou sua inédita “Nada/Tudo”, que estará na tracklist de seu novo álbum “<atrás/além>”, previsto para lançamento dia 23 de Abril.

Seu instrumental trás uma peculiaridade que eu não via há muito tempo. Há como perceber o cuidado que a banda tomou ao produzir a canção e o carinho com que o fez.

A canção é um belo Blues, mas com elementos vivos do Rock alternativo e uma incrível pegada instrumental orquestrada, intercalando com o sintetizador, que no final se firma como o seu diferencial. A forma como o piano é usado, o conjunto de cordas é mágico.

A forma como o instrumental se modifica conforme o vocalista alterna a intensidade de seus sentimentos mostra como “O Terno” investe na qualidade de seu som, além do amadurecimento evidente que a banda teve ao reconhecer seu próprio som e dar-lhe um direcionamento.

Sua letra soa simples, mas poética, ao falar sobre uma relação líquida e imprevisível (assim como seus arranjos) – que a primeira vista é difícil de entender se nos faz bem ou mal. O eu lírico se vê perdido em uma relação que ele julga ser vazia, mas acaba se adaptando à situação, até que ela se torna insuportável. O remédio para isso são seus amigos.

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